Saiba como atuavam estrangeiros presos por esquema de agiotagem em Teresina
As informações foram obtidas a partir de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras.Confira os detalhes da investigação que revelou como se dava a atuação de um grupo de estrangeiros (colombianos e venezuelanos) preso na Operação Macondo, nessa terça-feira (11), por envolvimento em um amplo esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro que operava em Teresina. A investigação identificou que o grupo atuava em feiras livres e comércios populares, oferecendo empréstimos ilegais com juros abusivos e cobrando as dívidas por meio de métodos coercitivos e violentos.
De acordo com a Polícia Civil do Piauí, as conclusões foram obtidas a partir de diligências de campo, análises de boletins de ocorrência, relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), além de depoimentos de vítimas e testemunhas, que ajudaram a traçar o padrão de atuação do grupo e individualizar a conduta de cada investigado.
Quem são os alvos da investigação
Entre os estrangeiros apontados pela investigação estão: Jair Antônio Rios Sosa, Juan Jose Morales Mesa, Ronal Jose Diaz Fugueroa, Diego Fernando Gonzales Martinez, Emilio Rafael Salas Lopes, Eimer Danwuil Bacca Pabon, Ivan Alfredo Pabon Manrique, Marco Túlio Andrade Quintero, Rene Antica Gozalez, Rodolfo Alberto Martinez, José Rafael Pena, Joyce Arnardo Lopez Villahermosa, Yojan Andres Cuartas Hernandez, Jesus Antônio Brinez Badell e Xiomara Ramírez Torres.
Como funcionava o esquema
A investigação revelou que parte dos integrantes concedia empréstimos diretamente a comerciantes e trabalhadores autônomos em feiras e mercados de Teresina, enquanto outros atuavam na cobrança coercitiva, recorrendo a ameaças, destruição de mercadorias e constrangimento público das vítimas.
O Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do COAF apontou que os investigados movimentaram altas quantias de dinheiro em contas bancárias de passagem, de forma fragmentada e incompatível com suas rendas declaradas, prática comum em esquemas de lavagem de capitais.
Mensagens e comprovantes de PIX com descrições como “pagamento de empréstimo” reforçaram a ligação direta entre os envolvidos e as operações de agiotagem, possibilitando à autoridade policial individualizar a conduta delitiva de cada investigado e representar pelas prisões temporárias de 15 pessoas.
Principais suspeitos e funções identificadas:
Emilio Rafael Salas Lopes – fazia transações com pessoas de baixa renda e ocultava valores ilícitos.
Eimer Danwuil Bacca Pabon – ligado a empresa de fachada, movimentava grandes valores e realizava aplicações financeiras.
Ivan Alfredo Pabon Manrique – movimentou mais de R$ 1,5 milhão em curto período, agindo como operador financeiro.
Marco Túlio Andrade Quintero – movimentou cerca de R$ 370 mil em poucos meses, com valores incompatíveis com a renda declarada.
Rene Antica Gozalez – realizou operações “de ida e volta” com contas de terceiros, dando suporte à lavagem de dinheiro.
Rodolfo Alberto Martinez – utilizava contas compartilhadas e dispositivos em rede com outros membros.
José Rafael Pena – apesar de se declarar vendedor pracista, movimentou mais de R$ 2 milhões, atuando como elo para legalizar recursos.
Joyce Arnardo Lopez Villahermosa – servia de contraparte em movimentações bilaterais expressivas entre os investigados.
Yojan Andres Cuartas Hernandez – intermediava transferências vultosas, ligando os operadores estrangeiros ao comércio local.
Jesus Antônio Brinez Badell – realizou compra de imóvel com pagamento em espécie, indício de ocultação patrimonial.
Xiomara Ramírez Torres – mesmo jovem, movimentou mais de R$ 280 mil em dois meses, sendo titular de conta de fachada.
Para a Polícia Civil, o grupo apresentava estrutura organizada e transnacional, com divisão de tarefas, mobilidade territorial e uso de métodos sofisticados de ocultação de recursos. A atuação visava dificultar o rastreamento do dinheiro e dar aparência de legalidade às operações ilícitas.
A Justiça decretou a prisão cautelar dos investigados para impedir destruição de provas e interferência nas investigações e a expectativa é de que a medida cautelar seja convertida e preventiva ao final do prazo da temporária em razão das supostas práticas dos crimes de usura, exercício irregular de atividade financeira, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1
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