Policiais de todo o Brasil continuarão em mobilização nacional contra Reforma Administrativa de Jair Bolsonaro
Em Brasília a UPB, por meio de suas entidades, organizou o ato da carreata do Mané Garrincha até o Congresso Nacional









Os atos de protestos que ocorreram nessa quarta-feira (23/6) a nível nacional, por meio de manifestações realizadas pelos policiais da área civil [da Segurança Pública do Brasil], tende a continuar, pelo menos enquanto perdurar a discussão da PEC-32 na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Os profissionais policiais uniram forças para demonstrar a indignação contra a Reforma Administrativa, instituída pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20), oriunda do governo Bolsonaro que tem por objetivo promover o desmonte dos serviços essenciais do País.
O Presidente da Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN- BRASIL), Jacinto Teles Coutinho, declarou ao JTNEWS que todos as categorias de policiais da área civil continuarão em mobilização nacional contra a Reforma Administrativa, e que o movimento segue cada vez mais forte, "haja vista a indignação dos policiais brasileiros, não somente dos que fazem parte das entidades de policiais penais do País, mas de todos os policiais da União, dos estados e do Distrito Federal, indistintamente".
"A situação é crítica e representa o desmonte do serviço público, sobretudo nas áreas essenciais como segurança pública, educação e saúde", pontuou o dirigente da entidade de classe de âmbito nacional dos policiais penais.
A grande maioria dos Policiais luta para aprovar a Emenda do RJP de autoria do deputado federal Nicoletti (PSL-RR)
Jacinto Teles informou ainda, que foi encaminhada à Comissão Especial da Câmara dos Deputados [criada para discutir a PEC-32] a proposta de emenda nº 01 à Reforma Administrativa visando a conceder tratamento específico aos policiais, que propõe a instituição do Regime Jurídico Policial (RJP).
A menda ora referenciada é de autoria do deputado federal Nicoletti (PSL-RR) que, com a participação das entidades nacionais [exceto as entidades de delegados da Polícia Federal] já conseguiu arregimentar mais de 215 assinaturas de deputados que declararam expressamente apoio ao regime jurídico dos policiais.
O que a proposta prevê é um tratamento peculiar a quem desempenha atividades de carreira típica de estado, pois não há privilégio algum a ser conquistado, deve-se garantir a efetivação de direitos inerentes às funções dos policiais da área civil, principalmente por ser esses profissionais submetidos a um regime especial de risco.
"No estado do Piauí, 07 (sete) dos 10 (dez) deputados assinaram a proposta de Nicoletti, incluindo a deputada Rejane Dias (PT) e o deputado Átila Lira (PP), e assim conseguimos comprovar que a Emenda do RJP já está tramitando na Comissão Especial da Reforma Administrativa, onde consta mais de 215 assinaturas", concluiu Jacinto Teles que veio de Brasília para participar do evento em Teresina no Piauí.
Já o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Piauí, Marcos Avelino, disse que a segurança pública civil enxerga a PEC como uma reforma negativa, tendo em vista que altera pontos importantes relativos a autonomia e independência da instituição de polícia. [...] É um projeto sobre o argumento de modernização, mas na verdade destrói o serviço público quando ele retira a estabilidade, que é a garantia para o bom exercício dos servidores públicos, altera as regras de contratação do serviço público, que passa a fazer contratação precária e abrindo possibilidade para terceirização ampla do serviço público e para corrupção.
"Sem dúvida alguma essa PEC vai, inclusive, trazer sérios problemas previdenciários, porque vai criar vários regimes diferentes para categorias diferentes, sendo que hoje todos os servidores fazem parte de uma previdência particular e com essa fragmentação vai gerar ainda mais problemas financeiros para o próprio Governo Federal", explicou Marcos Avelino.

Em Brasília (DF) mais de mil servidores da União compareceram à carreata convocada pela União dos Policiais do Brasil (UPB) em manifestação contra a Reforma Administrativa. Além das forças policiais da área civil, o protesto contou com as presenças de diversos servidores de todos os serviços públicos do país.
Alex Galvão, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal explicou a importância da mobilização para a categoria. "Não podemos mais permitir investidas do governo federal com o objetivo de precarizar o serviço público. Esta mobilização é para exibir claramente o descontentamento de todos os servidores contra a Reforma Administrativa. Não estamos, aqui, por nenhuma bandeira. Esta manifestação é pela valorização do serviço público", declarou o dirigente do SINPOL-DF, Alex Galvão durante a carreata em Brasília.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1
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