Paulo Pimenta rebate Bolsonaro após tentativa de protagonismo com brasileiros em Gaza
Integrantes da Secretaria de Comunicação dizem que a estratégia é que Pimenta assuma o protagonismo para “rebater” as versões bolsonaristas nas redes sociais.O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, divulgou um vídeo nas redes sociais, no início da noite da última sexta-feira (10/11), em que compara o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao pássaro “chupim”, por tentar protagonizar a repatriação dos civis brasileiros e palestinos que estão na Faixa de Gaza.
Integrantes da Secretaria de Comunicação dizem que a estratégia é que Pimenta assuma o protagonismo para “rebater” as versões bolsonaristas nas redes sociais.
A avaliação é que colocar o ministro da “linha de frente” poderia retirar o foco de um possível ataque ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No vídeo, Pimenta diz que o que Bolsonaro fez é vergonhoso e fala sobre a operação de repatriação de brasileiros feita pelo governo Lula. Procurado pela CNN, Bolsonaro não se manifestou sobre a provocação.
“O chupim é um exemplo na linguagem popular, muitas vezes aquela pessoa folgada, parasita, quer tirar vantagem usando o nome dos outros. Chupim é o Bolsonaro nesse episódio da saída dos brasileiros da Faixa de Gaza”, disse Pimenta.
No vídeo, ele ressalta que o governo está há 30 dias trabalhando na operação de repatriação.
“Conseguimos trazer mais de 1.450 brasileiros e brasileiras que estavam em Jerusalém, brasileiros e brasileiras que estavam em Israel, dez aviões, o presidente disponibilizou o próprio avião presidencial, falou com todos os presidentes da região. Uma ação exemplar da diplomacia brasileira e agora, quando está tudo pronto para que a gente possa comemorar a chegada dos brasileiros e brasileiras com segurança junto ao Brasil, o chupim quer aparecer para tirar vantagem do que não fez. É vergonhoso, é lamentável a que nível chega o oportunismo desta figura parasita que envergonha o Brasil.”
A estratégia adotada não é unânime no Palácio do Planalto. Para integrantes do governo, o ex-presidente tenta sair do “ostracismo” político, aproveitando-se da situação dos civis em Gaza.
As respostas para o ex-presidente já estariam sendo feitas por parlamentares do PT e pela militância.
À CNN, Bolsonaro afirmou que pediu a um assessor de Benjamin Netanyahu apoio para a saída de brasileiros da área de conflito. Procurada, a Embaixada de Israel não quis comentar.
Ainda na sexta-feira (10/11), uma hashtag que aludia Bolsonaro como o responsável por ajudar os brasileiros a entrarem na lista da passagem de Rafah esteve entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter).
Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil
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