Só nos resta chorar diante da violência dos que se dizem seguidores do Cristo
Uma criança, vítima do pior dos horrores, ainda foi vilipendiada pelos falsos cristãosToda a história é um grande conto – real – de horror. Menina pobre, sem pai, com mãe indigente e andarilha, é criada pelos parentes em meio à miséria no norte do Espírito Santo.
Aos 10 anos, é levada pela avó ao hospital pelo inchaço na barriga. A doença foi diagnosticada como gravidez. Gravidez incestuosa, estupro dentro de casa que, como afirmam os dados oficiais do Brasil, é a forma mais comum desse crime acontecer; exatamente, dentro de casa e por uma pessoa diretamente ligada à criança, nesse caso, um tio.
A menina afirmou que era abusada por ele desde os 6 anos e que não podia contar a ninguém porque era ameaçada. Preso, o monstro confirmou o sexo com a criança, mas disse que pode não ser o pai porque o avô e outro tio também abusavam dela.
O italiano Dante Alighieri nos detalhou os nove círculos de sofrimento do Inferno em seu livro A Divina Comédia. Mas em nenhum desses infernos há lugar descrito para esses criminosos, que são estupradores, pedófilos e incestuosos, tudo somado num único ato escabroso.
Estamos horrorizados com isso... e horrorizados também com a reação dos cristãos que foram protestar, na porta do hospital, contra a realização da cirurgia de interrupção de gravidez, corretamente autorizada pela Justiça. A lei é clara e não é de agora. Desde os anos 40 do século passado, mulheres estupradas tem o direito legal de interromper a gravidez fruto da violência. São 80 anos em que a lei garante esse direito à vítima do estupro. Entretanto, fanáticos religiosos foram incentivados pela ativista criminosa Sara Winter a atacar a menina de 10 anos, chamada de assassina.
Sara, que já foi neonazista, depois feminista e comunista, agora se diz curada de tudo e virou Bolsonarista radical. Só mesmo um perfil esquizofrênico como esse para poder explicar a maldade que ela propaga ao identificar o nome da menina estuprada e dizer aos seus fanáticos seguidores em que hospital seria a cirurgia de interrupção da gravidez. É contra a lei (ECA) identificar crianças e adolescentes em situação que represente risco à sua existência. Sara, a esquizofrênica bolsonarista, teve seu perfil e ganha pão (vende livros e palestras) no Instagram deletado. E agora deve responder pelo risco à integridade física da menina, amaldiçoada pelos cristãos, tão verdadeiros quanto uma moeda de 100 reais.
Numa postagem no Instagram em solidariedade à menina tão horrivelmente martirizada pela vida, a Rede Católicos LGBT disse: “perdão se algum dia um cristão te decepcionou. Te garanto que Jesus não é igual a essa pessoa”. Deus queira que não... Deus queira que Jesus não seja igual a essas pessoas “religiosas” que se reuniram na porta do hospital, em Recife, para xingar uma menina de 10 anos de assassina.
Gente fanatizada, manipulada e ignorante do que se passa no próprio país. Aqui no Brasil, segundo o governo, há seis abortos diários autorizados pela Justiça em meninas de 10 a 14 anos que foram estupradas. A menina do Espírito Santo não é uma exceção. Ela é parte da pandemia da violência sexual contra crianças. Vergonha, Brasil, vergonha!!!
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