Sílvio Mendes insiste em discurso de "rombo bilionário" para tentar justificar inércia na administração municipal
Mesmo com mais de R$ 1,6 bilhão em caixa apenas nos cinco primeiros meses do ano, a gestão ainda não conseguiu apresentar melhorias visíveis na infraestrutura urbana e nos serviços básicos.A Prefeitura de Teresina arrecadou mais de R$ 1,62 bilhão apenas nos cinco primeiros meses de 2025, segundo dados oficiais do Portal da Transparência. Ainda assim, o prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) afirmou em coletiva de imprensa nesta semana que a cidade enfrenta uma crise financeira sem precedentes, com um “rombo” estimado em mais de R$ 1 bilhão deixado pela gestão anterior.

De acordo com o relatório fiscal da Secretaria Municipal de Finanças, a principal fonte de receita da capital piauiense vem das transferências da União, que somaram R$ 707,7 milhões, representando 43,9% da arrecadação total no período. As transferências estaduais chegaram a R$ 295,9 milhões (18,4%). A arrecadação própria, com impostos como IPTU, ISS, taxas e multas, ultrapassou R$ 340 milhões, evidenciando uma robusta entrada de recursos públicos.
Apesar desses números, Sílvio Mendes anunciou a criação de um grupo de trabalho com representantes das pastas da Administração, Planejamento, Saúde, Educação, Finanças e da Procuradoria Geral do Município para revisar todos os contratos firmados pela prefeitura. Segundo ele, somente os contratos considerados regulares serão honrados. “Já foi identificada uma dívida de quase R$ 500 milhões, e temos indicativos de um total superior a R$ 1 bilhão. Nada está descartado, inclusive extinguir mais secretarias para reduzir gastos”, declarou o gestor.
A justificativa do prefeito, no entanto, não tem convencido parte da população e analistas da gestão pública. Críticos apontam que a alta arrecadação mensal da prefeitura, em torno de R$ 300 milhões, deveria ser suficiente para garantir serviços básicos como limpeza urbana, manutenção de praças e avenidas e coleta de lixo. Moradores reclamam que a cidade continua tomada por mato alto e lixo acumulado, enquanto o prefeito insiste em um discurso de austeridade e cortes.

A insistência do gestor em submeter os contratos ao Tribunal de Contas do Estado antes de qualquer pagamento pode indicar uma tentativa de protelar investimentos essenciais na cidade. A permanência do discurso de herança de dívidas por parte do prefeito Sílvio Mendes tem sido alvo de críticas, especialmente diante da expressiva arrecadação do município.
A análise dos dados indica que, mesmo com mais de R$ 1,6 bilhão em caixa apenas nos cinco primeiros meses do ano, a gestão ainda não conseguiu apresentar melhorias visíveis na infraestrutura urbana e nos serviços básicos. A ausência de ações efetivas torna-se injustificável diante do volume de recursos disponíveis.
A situação levanta dúvidas sobre a real gravidade da crise apontada pelo prefeito e reacende o debate sobre a eficiência na aplicação dos recursos públicos.
Fonte: JTNEWS
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