Secretário de Saúde do Piauí contrata por mais de R$ 1,8 bilhão entidade acusada de corrupção no Rio de Janeiro
Antônio Luiz assinou diversos contratos com a Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE) a qual tem sido acusada de forma recorrente como laranja em esquemas de corrupção no Rio de JaneiroO secretário de Saúde do Estado do Piauí, João Luiz Soares, assinou contratos com a Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE) com sede na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) que representam a vultosa cifra superior a R$ 1,8 bilhão de reais apenas no município de Floriano (PI). Os contratos têm como objetivo a prestação de serviços, inclusive de pronto atendimento e gestão de saúde terceirizada em vários municípios do Piauí.

Em Floriano a entidade "filantrópica" atuará no Hospital Regional Tibério Nunes que terá seu gerenciamento, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde realizados pela intituição de Campos dos Goytacazes (RJ).
Nesta edição o JTNEWS vai tratar apenas de dois contratos em Floriano (PI) que somam mais de R$ 1,8 bilhão de reais em 5 anos, sendo o valor anual de R$ 197.327.205,50 (cento e noventa e sete milhões, trezentos e vinte e sete mil duzentos e cinco reais e cinquenta centavos) e R$ 19.241.729,25 (dezenove
milhões, duzentos e quarenta e um mil setecentos e vinte e nove reais e vinte e cinco centavos), respectivamente referentes aos contratos: Processo nº 00012.049289/2024-10 (contrato de gestão nº 12/2025) e Processo nº 00012.048369/2024-40 (contrato de gestão nº 21/2025) Clique aqui e confirme os contratos nas páginas 176 a 178 do DOE-PI Nº 59/2025.

A entidade filantrópica que o governo do Piauí foi buscar no Rio de Janeiro já foi acusada em diversos notícias de fatos relacionados à corrupção nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Numa dessas notícias [no estado do RJ] a entidade está vinculada ao Pastor Everaldo, que foi presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC) e candidato a presidente da República, acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de comandar um esquema que utilizou laranjas, depósitos fracionados, offshore e imóveis para lavar dinheiro, sendo a presidente da AFNE, a Sra. Cláudia Marta Pessanha de Sousa uma das acusadas de 'laranja'.
A imprensa nacional, a exemplo do G1, Folha de S. Paulo [notícia recente] e Informativo Sindserv de Santos (SP) e Intercept/Sindsep-SP noticiaram dentre outras irregularidades, as investigações do MPF à época ligando a entidade com suposta organização criminosa liderada pelo Pastor Everaldo que, segundo as notícias direcionava os contratos de gestão de hospitais e unidades de pronto-atendimento (UPAs) para as organizações sociais previamente escolhidas, que, aliás levou ao escândalo nacional que culminou com o afastamento definitivo do governador Wilson Witzel do governo do Rio, que foi eleito na onda Bolsonarista no final de 2018.

Os contratos de que tratam essa reportagem são dois e foram assinados pelo secretário de Saúde do Piauí, Atônio Luiz Soares Santos e o vice-presidente da Associação Filantrópica Nova Esperança, Lucas Silva Sartori, cujos resumos foram publicados no Diário Oficial do Estado do Piauí conforme já linkado.
Há por parte do JTNEWS a suspeita de que existem outros contratos milionários ou bilionário que oportunamente poderão ser identificados. Um fato curioso é que todos os contratos no Piauí são assinados pelo vice-presidente da Entidade AFNE, Lucas Silva Sartori quando na realidade a presidente é a Sra. Claudia Marta Pessanha de Sousa.
Qual o porquê do Governo do Piauí ir buscar uma entidade com todo esse perfil no Rio de Janeiro para abocanhar essa vultosa quantia de mais de R$ 1,82 bilhão de reais?
E os serviços de saúde nesses municípios como estão? E o Ministério da Saúde, via SUS ainda disponibiliza recursos financeiros nesses municípios para a prestação desses serviços?
Essa entidade presta serviços especializados de saúde à população identificada nos contratos?
Não seria mais eficaz, senhor Governador, Rafael Fonteles (PT), realizar convênios com os Municípios e a Secretaria de Saúde fazer a fiscalização da aplicação dos recursos?
E o Ministério Público já está fiscalizando a aplicação desses recursos?
O que sabe é que a saúde deixa muito a desejar em todo o Estado do Piauí, sobretudo para aqueles que não podem pagar pelos serviços especializados.
O JTNEWS procurou falar na manhã desta terça feira com o secretário de Saúde, Antônio Luiz por meio do seu número pessoal para ouvir sua versão, mas até o momento do fechamento desta reportagem não conseguiu obter nenhuma resposta. O espaço continua à disposição.
Fonte: JTNEWS
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