Polícia fecha baile de reggae comandado por membro do Bonde dos 40 na Vila Dagmar Mazza

O proprietário do local foi preso em 08 de outubro, acusado de sequestrar e matar outro faccionado.

A Polícia Civil do Piauí, com o apoio da Polícia Militar, deflagrou uma operação na Vila Dagmar Mazza, zona sul de Teresina, na madrugada dessa segunda-feira (13), e realizou o fechamento de um estabelecimento onde acontecia um baile de reggae, de propriedade de um membro do Bonde dos 40, que foi preso pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) no dia 8 de outubro por envolvimento no sequestro e morte de um faccionado da Família do Norte.

Foto: Divulgação / SSP-PIOperação na Vila Dagmar Mazza
Operação na Vila Dagmar Mazza

De acordo com o delegado Danúbio Dias, presidente do inquérito que apurou o assassinato de Jad Rubens Barros de Sousa, ocorrido em janeiro deste ano, no Rodoanel de Teresina, o estabelecimento era utilizado por pessoas ligadas ao Bonde dos 40, onde havia forte comercialização de entorpecentes.

Na primeira fase da operação, os policiais realizaram as prisões dos envolvidos no homicídio e na segunda fase foi dado cumprimento à ordem de suspensão das atividades do estabelecimento, a pedido do DHPP.

A Polícia Civil ainda não contabilizou a quantidade de pessoas conduzidas e entorpecentes apreendidos durante a ação ostensiva.

A operação contou com o apoio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE ) reforçando a integração entre as forças de segurança.

Indiciamento

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou sete pessoas suspeitas de envolvimento no sequestro e homicídio do jovem Jad Rubens Barros de Sousa, ocorrido em janeiro deste ano no Rodoanel de Teresina. O inquérito foi concluído no dia 08 de outubro pelo delegado Danúbio Dias, responsável pelas investigações.

Os indiciados por organização criminosa e homicídio qualificado foram identificados como: Douglas Clayton Pereira de Moura; Jorge Luís de Sousa da Silva, vulgo Jorginho; Rômulo Raphael dos Santos Morais, vulgo Rômulo Cachorro; Mayara Marcela Cardoso Ribeiro; Francisca Patrícia Rocha de Freitas; Alison André de Moura Oliveira, vulgo Careca ou Monstro; e Raifran Machado de Araújo, vulgo Filinho.

Jad Rubens era considerado gerente do tráfico de drogas, pertencente à facção Família do Norte, e negociava entorpecentes com membros do Bonde dos 40 na capital. De acordo com a investigação, a vítima foi atraída até um reggae de propriedade de Raifran e levada por um grupo de criminosos a um campo de futebol próximo ao lixão da Dagmar Mazza, onde foi executada.

O delegado Danúbio Dias detalhou a atuação de alguns dos indiciados no crime. "A Mayara, que agora conseguimos qualificação, foi quem apresentou a vítima à facção, permitindo que ele fizesse esse gerenciamento da venda de drogas. Os dois indivíduos que estão presos — o Raifran, o Filhinho, e o Alisson, o Careca — foram interrogados. O Alisson confirmou que o tio dele, o Raifran, é traficante, e admitiu que a família dele é composta por membros do Bonde 40. O Raifran admitiu que estava no reggae naquele dia, presenciou quando a vítima foi retirada do reggae e levada, admitiu que fazia negócios com ela", disse.

Ainda conforme o delegado, cinco pessoas seguem foragidas. "Ainda seguem foragidos o Jorginho, o Rômulo, o Douglas, o Jorge e a Mayara. Agora que conseguimos a qualificação dela, será pedida a prisão preventiva", acrescentou.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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