Polícia Civil indicia acusado de matar a prima dentro de apartamento em Teresina

O acusado também foi indiciado por fraude processual, por tentar forjar uma cena de suicídio.

A Polícia Civil do Piauí indiciou Herleson de Sousa pelo assassinato da própria prima, Taina da Silva Sousa, crime ocorrido em julho deste ano dentro de um apartamento no residencial Torquato Neto, zona sul de Teresina. O inquérito conduzido pela delegada Nathália Figueiredo, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi concluído nessa segunda-feira (15).

Foto: Reprodução / InstagramTainá da Silva Sousa
Tainá da Silva Sousa

Segundo a delegada do Núcleo de Feminicídio, Herleson de Sousa foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado, com as seguintes qualificadoras feminicídio e meio cruel que impossibilitou defesa da vítima.

Foto: Divulgação / PC-PIHerleson de Sousa
Herleson de Sousa

“Finalizamos agora o inquérito, baseado em tudo que foi produzido chegamos à conclusão de que houve um feminicídio consumado e houve também a majoração da pena desse crime no contexto da forma como foi praticado, meio cruel, sem chance de defesa da vítima”, explicou Nathália Figueiredo.

Além disso, o acusado também foi indiciado pelo crime de fraude processual, por ter tentado forjar uma cena de suicídio. “No corpo dela, na região da boca, foram encontrados comprimidos, então a gente visualizou a possibilidade de suicídio, mas o laudo cadavérico nos trouxe que ela não ingeriu esses comprimidos, não foi encontrado nada na região do estômago e ela apresentava uma lesão no pescoço, indicativo de esganadura. Herleson foi submetido ao exame de DNA, porque foi encontrado material genético nas unhas da vítima, muito característico numa situação de defesa num contexto de violência. E esse exame deu positivo”, detalhou a delegada.

Foto: Reprodução / GP1Delegada Nathália Figueiredo
Delegada Nathália Figueiredo

Motivação

Em sede de interrogatório, Herleson de Sousa confessou ter praticado o crime, mas não entrou em maiores detalhes. “Ele confessou a prática do crime, até porque não havia mais o que mentir, já que a gente já tinha uma prova pericial bastante contundente, que foi o exame de DNA. No entanto, no pouco que ele nos trouxe, porque posteriormente fez uso do direito constitucional ao silêncio, ele disse que teria havido uma discussão entre os dois. Questionamos a questão da dinâmica, o que o levou praticar essa conduta, já que dizia que gostava da prima, mas ele não quis falar mais nada”, finalizou a delegada Nathália Figueiredo.

A delegacia também pediu a conversão da prisão temporária do acusado em prisão preventiva, e aguarda decisão judicial.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

Comentários