Polícia Civil do Piauí indicia falsa advogada por estelionato

As vítimas a contrataram para fazer a portabilidade de cursos para Medicina em faculdades privadas.

A Polícia Civil do Piauí, por meio da 9ª Delegacia Seccional de Teresina, indiciou a falsa advogada Luise Ludstecila Costa Silva por estelionato. Ela é acusada de oferecer serviços de portabilidade de cursos para Medicina em instituições privadas, mas, quando o processo não é validado, não devolve os valores pagos pelos clientes. O inquérito policial, conduzido pelo delegado Ademar da Silva Canabrava, foi concluído em 5 de março.

Foto: Reprodução/ Valença OnlinePolícia Civil do Piauí
Polícia Civil do Piauí

Segundo o depoimento da vítima, em janeiro de 2023, ela entrou em contato com Luise Ludstecila por indicação de um amigo. Ele relatou que, na época, precisava de serviços advocatícios para transferir-se do curso de Farmácia para Medicina na UniCeuma e, por isso, firmou um contrato verbal com a acusada. O acordo previa que ele estudaria um ano no curso inicial e, posteriormente, faria a transferência para Medicina como portador de diploma de curso superior.

Entre os valores acordados, o estudante transferiu inicialmente R$ 3 mil para a suposta advogada dar início ao processo. Em novembro, realizou um novo pagamento de R$ 12.440,00. No entanto, em dezembro de 2023, com a formação das turmas de Medicina, percebeu que seu nome não estava entre os aprovados. Ao entrar em contato com a instituição de ensino, foi informado de que nenhum pedido de transferência havia sido protocolado.

Diante disso, ele procurou a acusada, que alegou que o processo não havia sido concluído e se comprometeu a devolver o valor. No entanto, o reembolso nunca foi feito. Em vez disso, a mulher orientou a vítima a buscar a Justiça e, em seguida, bloqueou o estudante nas redes sociais.

O que diz a falsa advogada
Durante o interrogatório, a mulher afirmou atuar como despachante autônoma, oferecendo serviços de consultoria para vestibulares e portabilidade para cursos de Medicina. Luise Ludstecila negou se apresentar como advogada, alegando que, apesar de ser bacharela em Direito, não possui inscrição na OAB.

Sobre o caso que resultou na denúncia, ela declarou que o contrato inicial com a vítima foi de R$ 3 mil e que, posteriormente, solicitou R$ 12 mil para cobrir a mensalidade do curso de Medicina. Segundo sua versão, o estudante cursou um ano de Farmácia, prestou vestibular e foi aprovado na UniCeuma para o curso desejado. Assim, ela afirmou ter cumprido o serviço contratado, mas que o estudante desistiu e solicitou o reembolso do valor pago.

Para o delegado Canabrava, os fatos apurados caracterizam estelionato, uma vez que a mulher teria induzido a vítima ao erro para obter vantagem ilícita. O caso foi encaminhado ao Ministério Público para análise e providências.

Mulher já responde por estelionato
Há uma outra denúncia feita em desfavor de Luise Ludstecila. Nesse caso, um estudante de Odontologia a contratou para fazer a portabilidade para o curso de Medicina na Facid. Ao todo, a vítima chegou a transferir R$ 18.844,00 para a acusada.

Ao perceber que seu nome não constava na lista de matriculados, o estudante concluiu que havia sido vítima de um golpe. Questionada sobre o ocorrido, a mulher alegou que a vítima não foi aprovada no vestibular, mas tentou ingressar no curso de Medicina utilizando a nota do Enem. Segundo ela, o estudante foi aprovado nessa modalidade para a cidade de Açailândia, no Maranhão.

Ela afirmou ainda que a instituição de ensino entrou em contato convocando-o para a matrícula. No entanto, ao cobrar o valor acordado em contrato, o estudante teria se recusado a pagar, alegando insatisfação com o resultado.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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