Oposição espera que greve dos petroleiros incentive outras mobilizações
Partidos de oposição esperam que o movimento sirva de estopim para outras mobilizações contra o programa de privatizações do governoEm sua segunda semana, a greve dos petroleiros vem angariando apoio de partidos de oposição, que esperam que o movimento sirva de estopim para outras mobilizações contra o programa de privatizações do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

A greve chegou ao seu 17º dia nesta segunda-feira (17) e, segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), já tem a adesão de 21 mil empregados. Há mobilizações em 121 unidades da estatal, entre plataformas de produção de petróleo, refinarias e terminais.
A categoria pede a suspensão de quase mil demissões (396 próprios e 600 terceirizados) com o fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná, e protesta contra mudanças em temas como troca de turno e pagamento de horas extras que, segundo eles, foram definidas sem negociação prevista no acordo coletivo.
O pano de fundo, porém, é o programa de venda de ativos iniciado no governo Dilma Rousseff (PT) e reforçado por Bolsonaro. “Entendemos [que o processo de demissões no Paraná] é um balão de ensaio, um teste para o modelo a ser aplicado nas refinarias”, diz o diretor da FUP Deyvid Bacelar, uma das lideranças dos petroleiros.
Com o apoio à maior greve dos petroleiros desde a paralisação de 32 dias em 1995, a expectativa da oposição é que o movimento contra as privatizações ganhe força após o carnaval.
“A política de deliberada destruição da Petrobras só interessa aos concorrentes estrangeiros da empresa e aos inimigos do desenvolvimento soberano do Brasil”, disse o PT em nota de apoio aos petroleiros divulgada nesta segunda.

Em transmissão ao vivo pela internet, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, disse que “quem quer um Brasil democrático, que tem soberania popular, tem a obrigação de apoiar e se manifestar em favor da greve”. Nesta terça (18), a bancada petista definirá, com o ex-presidente Lula, estratégias de ampliação do movimento.
Candidato à presidência pelo PSOL nas últimas eleições, o coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos, estará nesta quarta (19) em ato em frente à sede da estatal, onde um grupo de trabalhadores faz vigília desde o início da greve.
Segundo ele, a oposição enfrentou no ano passado dificuldade para fazer grandes mobilizações, fato que relaciona à “perplexidade” diante do novo governo. Por isso, diz, o ato desta quarta é simbólico. “Virou um grande movimento em defesa da Petrobras.”
Fonte: Folha de S. Paulo
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