Operação Cela 3: GAECO denuncia 34 membros do Bonde dos 40

Ministério Público identificou 4 núcleos da organização, que atuava no Piauí, Maranhão e Mato Grosso.

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Maranhão, denunciou à Justiça 34 membros do Bonde dos 40 pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de capitais, comércio ilegal de armas de fogo e organização criminosa, no bojo da Operação Cela 03, deflagrada no dia 12 de agosto de 2024, que abrangeu os municípios de Timon-MA, São Luís-MA, Teresina-PI, além dos municípios de Cáceres-MT e Cuiabá-MT.

Foto: ReproduçãoGAECO - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
GAECO - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado

A denúncia, assinada pelo GAECO de Timon-MA em 24 de novembro deste ano, foi dividida em quatro documentos, cada um deles relativo a um núcleo da organização criminosa, formada por 34 integrantes. O primeiro trata-se do núcleo familiar do grupo composto por 8 pessoas, que a Coluna vai elencar as participações de Laércio Augusto Oliveira Dias, Elane Maria Soares de Oliveira, Edvânia Soares de Oliveira, Eduarda Soares de Oliveira, Francisco das Chagas Silva Fernandes, Laís Amanda Oliveira, Leonardo dos Santos Silva e Leidinaura da Silva Oliveira.

Conforme o documento, o Procedimento de Investigação Criminal apontou Laércio Augusto Oliveira Dias, o “R.100”, como um dos maiores líderes da organização criminosa intitulada Bonde dos 40, a qual possui grande abrangência nos estados do Maranhão e Piauí, entre outros, ligada a crimes como narcotráfico, lavagem de dinheiro, homicídios e roubos.

Foto: Reprodução / GP1Promotor do GAECO, Francisco Fernando
Promotor do GAECO, Francisco Fernando

Para o promotor do GAECO, Francisco Fernando, a relevância da atuação do investigado restou comprovada quando, no dia 14 de fevereiro de 2023, durante o procedimento de revista no pavilhão Bravo da Penitenciária Regional de São Luís-MA, a equipe de segurança prisional, apreendeu com ele dois aparelhos móveis celulares, onde constavam diálogos com seus comandados fora da penitenciária, gerindo os assuntos de interesse do Bonde dos 40.

A partir da autorização de extração dos dados e da quebra de sigilo telemático de Laércio Augusto Oliveira Dias, os policiais identificaram um robusto esquema de tráfico de drogas chefiado pelo investigado, com a participação massiva de membros da família de Laércio Augusto, incluindo ainda outros crimes, como a determinação de execuções de dentro do presídio.

Núcleo familiar possuía ação direta na ORCRIM
Mesmo de dentro da penitenciária de São Luis-MA, Laércio Augusto teve o auxílio e o aconselhamento direto de pessoas de seu reduto familiar, que vinham exercendo um poder hierárquico em relação aos demais integrantes da organização criminosa.

Foto: Reprodução / GP1Delegado Ricardo Herlon
Delegado Ricardo Herlon

O Ministério Público, em conjunto com o delegado Ricardo Herlon, da 1ª DECCOR, concluiu que sua esposa, Elane Maria Soares de Oliveira, participava diretamente das ações criminosas, ao tempo em que suas cunhadas Eduarda Soares de Oliveira e Edvânia Soares de Oliveira, bem como Francisco das Chagas Silva Fernandes, companheiro de Edvânia, auxiliavam na venda, armazenamento e distribuição de drogas, na arrecadação e ocultação de valores arrecadados do tráfico, além de servirem como “laranjas”, fornecendo suas contas para a operação financeira do grupo.

Assim, surgiram também outros personagens dentro da organização criminosa, tais como a irmã de Laércio, Laís Amanda Oliveira, seu cunhado, Leonardo Da Silva, além da mãe de Laércio, Leidinaura da Silva Oliveira, importantes operadores dos crimes, principalmente, para a venda de drogas ou de ocultação patrimonial, fechando, portanto, 8 pessoas correlacionadas ao núcleo familiar, alvo de investigação na Operação Cela 03.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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