José Francisco do Nascimento despediu-se do TJPI nesse 1º de agosto, sob a 'oração' emocionante de Brandão de Carvalho
"Foi quase um decêndio de uma convivência pacífica e amorosa com seus pares, colegas, servidores, advogados..., membros do Ministério Público, exteriorizando um sorriso largo e sincero"O JTNEWS traz nesta edição a íntegra do discurso do desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, proferido no Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, por ocasião da despedida do desembargador José Francisco do Nascimento, ocorrida nesse último dia 1º de agosto, em razão de sua aposentadoria efetivada no mês de julho próximo passado.

A oração em forma de discurso proferido por Brandão de Carvalho, ora veiculada é composta de grande emoção e evocada por pontos que marcam a fundamentação real, cristã e também lírica do seu discurso em homengem ao seu colega e amigo, José Francisco do Nascimento.
Confira a seguir a parte principal do discurso do desembargador, Brandão de Carvalho:
"Senhor Presidente, José Ribamar de Oliveira, senhores desembargadores, senhores juízes do primeiro grau, senhores servidores do Poder Judiciário, jurisdicionados de todo o Estado do Piauí, bom dia nesta manhã ensolarada de primeiro de agosto, do ano de 2021 de Nosso Senhor Jesus Cristo, fui honrosamente escolhido por esse Plenário, nos últimos dias de meu decanato, a tecer umas singelas e rápidas palavras, acerca da personalidade de um magistrado humanístico, simples, escorreito, devotado e vocacionado ao exercício da judicatura.
Deixando rastros de altruísticos exemplos de dignidade por onde deixou a marca de suas caminhadas na distribuição equânime da justiça, um paladino que como outros que por aqui passaram, deixaram uma cadeira vazia, mas cheia de qualidades invisíveis que só o coração é capaz de descobrir esses mistérios da benevolência que somente a alma é capaz de demonstrar por aquele que vai sentar-se nela daqui por diante: falo do des. JOSÉ FRANCISCO DO NASCIMENTO; encarna a figura de JOSÉ, o pai da sagrada família; a figura de FRANCISCO, o pai dos pobres, dos desvalidos, aqueles sedentos por justiça, essa fome avassaladora que temos de nos saciarmos com a justiça plena que buscamos dentro do Evangelho.

Foi quase um decêndio de uma convivência pacífica e amorosa com seus pares, colegas, servidores, advogados públicos e privados, membros do Ministério Público, exteriorizando um sorriso largo e sincero, impondo a sinceridade e a imperialidade da lei nos momentos mais cruciais dessa arte sacrossanta de julgar, sem devaneios, sem orgulho, usando o poder como um bem natural, nunca exigido, mas sempre posto àqueles que procuram a fonte da água e do alimento da justiça para saciar suas mínimas ou máximas necessidades.
Desembargador José Francisco, Vossa Excelência se despe da toga que tanto envergou como símbolo de altivez e respeito às causas mais justas, como um andarilho em busca do néctar das flores, com a sabedoria de extirpar os espinhos cravejantes que muitas das vezes se passam despercebidos por muitos que não sabem adentrarem ao fundo da alma humana, extraindo o que de bom existe dentro de nós outros…
Que sua passagem tão bela e tão cálida, possa se espargir nos novos magistrados, com o vigor e o fulgor de quem sabe perscrutar o interior dos sentimentos humanos mais belos e mais profundos...
Sabemos que não somos insubstituíveis, mas sabemos também, que não somos iguais, que somos um misto de homens imperfeitos, mas que devemos diuturnamente buscar, mesmo com tremendos sacrifícios, a aproximação dessa perfeição tão bem desenhada e praticada, a exemplo de nossos ensinamentos cristãos.
Que sempre tenhamos ínsito em nós, a luta constante entre o bem e o mal, alavancando o primeiro e soterrando o segundo, porque somente assim, poderemos ser juízes comprometidos com a causa da humanidade.
É esse, o JOSÉ FRANCISCO que conhecemos, que como nós outros, temos a mesma identidade de homem interiorano, sofrido pelos percalços da nossa época de antanho, com lutas aguerridas, sacrifícios terrivelmente vencidos, com a glória da chegada, como chegam os grandes vitoriosos de uma olimpíada onde se ascende a pira do fogo da esperança que nunca se apaga...
Ditas essas palavras que emanam do fundo de nossas almas, todos queremos agradecer essa feliz convivência que nos familiarizou fortemente com a corrente inquebrantável da saudade, passaremos de forma suscinta, a enumerar seus dados biográficos nessa corrida pelo tempo até chegar aos dias de hoje. [...].
Confira a trajetória do desembargador José Francisco do Nascimento.
Fonte: JTNEWS
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