Histórica falta de água na cidade de Jaicós (PI) leva caos à população; fato que se agrava nesse período de seca
O açude Tiririca que abastecia a cidade secou; já era previsto nesse peíodo de seca, e agrava-se ainda mais com o aumento da população flutuante em razão do início dos festejos católicos na cidadeA cidade de Jaicós, aproximadamente a 370 Km de Teresina (PI), integra a Região do Alto Médio Canindé (Sertão), tem cerca de 20 mil habitantes, é uma cidade centenária [reconhecida como histórica, de origem indígena e está entre as primeiras do Piauí], mas, infelizmente é histórica também no perfil de falta de água, sobretudo para o consumo humano.
A cidade, desde a década de 80, do governo militar do general João Batista Figueiredo e da administração municipal de José Nicolau de Sousa [ambos já falecidos], que é abastecida pelo Açude Tiririca, que já teve o seu período de apogeu, ou seja, de água em abundância para todos os jaicoenses da zona urbana.
Entretanto, há muitos anos que essa fartura ficou apenas na lembrança de quando o então presidente da República, general Figueiredo foi à terra de Jovita Alves Feitosa [mulher que mobilizou homens e mulheres de Jaicós em favor do Brasil na guerra contra o Paragui], foi na década de oitentaa que houve a inauguração do famoso açude Tiririca.
Há aproximadamente duas décadas que todos os políticos que são apoiados e votados pela população de Jaicós, por meio de suas lideranças locais, prometem resolver o problema da escassez de água na cidade.
Já prometeram trazer água do Poço de Marruá de Patos-PI, antigo povoado de Jaicós, assim como do açude do Estreito no município de Francisco Macedo, mas até o momento o povo não recebeu efetivamente o abastecimento de água, e sofre demasiadamente com a infeliz falta d'água para o consumo humano.
Essa solução seria por meio de uma adutora para canalizar aguá até Jaicós, mas isso agora só a médio prazo, pois os políticos não cumpriram com as promessas feitas há anos. Fato que chama atenção é que Patos foi povoado de Jaicós, e hoje abastece as cidades de Simões, Curral Novo, Caridade e Jacobina. Enquanto isso, Jaicós fica com sede em abundância e a desesperança e descrédito nos que garantiram resolver a "saga" da falta d'água.
Este editor que subscreve esta matéria ja ouviu diretamente de tarimbados políticos piauienses, de deputado federal a governador, afirmando que o problema da falta d'água em Jaicós "em breve" seria coisa do passado [vários anos se passaram e o problema persiste], cheguei a acreditar inclusive, assim como o atual prefeito de Jaicós, Nenem de Edite, que antes mesmo de ser prefeito chegou a anunciar o começo e o final da obra, mas, lamentavelmente foi apenas um sonho que ao invés de se tornar realidade tem transformado-se em grande pesadelo, principalmente para quem tem menos posse para comprar o tão precioso líquido (H2O) para o consumo humano.
De imediato o Prefeito Municipal deve decretar estado de emergência visando uma solução, mesmo que paliativa
O prefeito Ogilvan da Silva Oliveira [popularmente conhecido como Nenén de Edite], não tem outra opção de imediato, a não ser decretar estado de emergência para o abastecimento de água por meio de carros-pipas, transportando água dos açudes de Marruá (Patos) ou do Estreito (Francisco Macedo), pois a situação é caótica e os poços municipais e privados disponíveis não são suficientes para o abastecimento integral da população.
Essa situação de emergência pode ser fundamentada com base na Lei de Licitações Nº 8.666/1993 com alterações posteriores, justamente dentre outros cados quando houver a caracterização da situação emergencial ou calamitosa. As autoridades municipais e estaduais têm que se irmanarem num esforço urgente para, ao menos mitigar os danos perversos e degradantes da falta de água na cidade tão amada e defendida por Padre Cândido Polli, saudosa memória, que obviamente fez a opção pelos desvalidos sertanejos jaicoenses.
A situação é mais grave neste exato momento em que a cidade está vivenciando os festejos católicos de Nossa Senhora das Mercês [cujas novenas tiveram início no último dia 15/9], há um aumento na concentração da população na cidade, não somente das pessoas que se deslocam da zona rural para a sede do município, mas de outras cidades circunvizinhas, que tradicionalmente prestigiam a festa da padroeira de Jaicós nesse período do ano; a qual perdurará até o dia 24 de setembro do ano em curso.
Existem milhares de pessoas que já estão há mais de 11 dias sem água, ou com pouquíssima qiuantidade do líquido precioso e escasso. A população está comprando água de poços tubulares particulares 500 litros de água chega a custar 30 reais no bairro Nova Olinda.
Uma história lamentável que se repete
Confira a entrevista do prefeito Neném de Edite concedida em 2016, quando ainda não era gestor, sobre a falta d'água em Jaicós. Conincidência ou não, ele hoje é o chefe do Executivo Municipal e o governador Wellington Dias é novamente o chefe do Executivo estadual. Veja:
Fonte: JTNEWS
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