Ex-ministro francês é investigado por estupro e agressão sexual contra mulheres

Ao menos seis mulheres, entre elas uma menor de idade no momento dos fatos, acusam o ex-apresentador de televisão e ex-ministro de Transição Ecológica de estupros e agressões sexuais

Nesta sexta-feira (26/11), a Justiça francesa anunciou a abertura de uma investigação preliminar por estupro e agressão sexual contra o ex-ministro e figura do mundo ambiental francês Nicolas Hulot após as acusações de várias mulheres em uma reportagem na televisão.

Foto: JEAN-FRANCOIS MONIER VIA GETTY IMAGEsNicolas Hulot
Nicolas Hulot

As investigações buscam "determinar se os fatos denunciados podem ser considerados um crime penal e se, devido à antiguidade dos mesmos, prescreveram a ação pública", explicou a procuradora de Paris, Laure Beccuau, em nota.

Ao menos seis mulheres, entre elas uma menor de idade no momento dos fatos, acusam o ex-apresentador de televisão e ex-ministro de Transição Ecológica de estupros e agressões sexuais entre 1989 e 2001. Ele nega as acusações.

Na reportagem de 62 minutos divulgada na quinta-feira à noite em uma emissora de televisão pública conhecida, a France 2, três mulheres explicam as agressões das quais dizem terem sido vítimas.

A emissora coletou o depoimento da militante climática Claire Nouvian e relembra a denúncia por estupro apresentada em 2018 pela neta do ex-presidente François Mitterrand, Pascale Miterrand, e que foi arquivada devido à prescrição do crime.

Na véspera da transmissão, Hulot negou energicamente essas acusações na rede BFMTV e anunciou que estava se retirando "definitivamente" da vida pública, para proteger seus familiares e a Fundação que leva seu nome de um "linchamento".

O Ministério Público de Paris abre sistematicamente investigações sobre as acusações de agressão sexual contra menores, inclusive se os fatos estiverem prescritos, para verificá-los e buscar eventuais crimes que ainda podem ser julgados.

Nicolas Hulot foi ministro de Transição Ecológica no primeiro mandato do presidente liberal Emmanuel Macron, cargo que abandonou 15 meses depois, em agosto de 2018, após criticar a falta de ambição do governo.

Fonte: UOL Notícias

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