"Entreguei uma criança viva, saudável, feliz e me devolveram um cadáver", diz mãe da menina que morreu no Colégio CEV
Dayana Brasil contou detalhes desde o momento em que soube da tragédia até encontrar a filha sem vida.A fotógrafa Dayana Brasil, mãe da pequena Alice Brasil, criança de 4 anos que morreu em um acidente no Colégio CEV, cobrou respostas da instituição sobre o que aconteceu com a filha. Em coletiva de imprensa concedida pela família nesta quinta-feira (07), ela contou detalhes desde o momento em que soube da tragédia até encontrar sua filha sem vida, e que até agora a instituição de ensino não prestou explicações sobre o ocorrido. “Eu entreguei uma criança viva, saudável, feliz e me devolveram o cadáver”, disse.

Em um breve relato, a mãe de Alice Brasil contou que, na terça-feira (05), arrumou a pequena e o irmão gêmeo, Artur Brasil, para ir à escola, onde eles também iriam comemorar o aniversário de 4 anos. As crianças estudavam em turno integral, e por conta da celebração, Dayana decidiu que iria buscar os filhos mais cedo.
Por volta de 11h30, a mãe fez o primeiro contato com as professoras do Colégio CEV, mas poucos minutos depois, recebeu outra ligação, dessa vez, com uma notícia que ela não queria escutar. “Eu fiquei sabendo pela professora dela da manhã, foi quem me ligou e viu ela saindo da escola. Eu comecei a ligar para as professoras no carro, liguei, ninguém me atendia e eu não sabia, eu não tinha certeza se realmente ela estava indo para a UPA, mas cheguei e ela não estava lá. Liguei para a professora que eu tinha contato, liguei para a enfermaria da escola e ninguém atendia, aí a professora que havia falado comigo me ligou de novo dizendo: ‘eu estou te mandando a localização de onde eles estão, ela está em uma UTI móvel, uma ambulância, estão parados na avenida, no sinal’. Mandou a localização para mim. Entrei nesse carro desesperada”, detalhou Dayana.
No primeiro momento em que chegou ao local onde estava a ambulância com a filha, a fotógrafa começou a questionar o que tinha acontecido para coordenadoras do colégio que presenciavam o socorro à criança, mas ela não teve nenhuma resposta. “Me disseram que tinha caído um móvel em cima dela. Perguntei se ela estava com traumatismo craniano, se ela estava acordada, se ela estava consciente, se ela tinha falado com alguém. A resposta que me davam sempre era que o médico ia conversar comigo”, explicou a mãe de Alice Brasil.
Momentos depois, o marido de Dayana e pai de Artur e Alice chegou ao local, e foi quando os pais viram, pela primeira vez, o corpo da filha. “Ele [pai] abriu a ambulância, e aí a gente viu o que a gente não queria ver. Eles estavam tentando reanimar Alice, ela toda suja de sangue, já sem sinais de vida, sem movimento nenhum. Poucos minutos depois, vieram dizer que não tinha mais o que fazer. E aí a gente entra, vê a nossa filha, sem vida, banhada em sangue. A boca toda roxa, a cena mais cruel que eu já vi na minha vida. Eu não desejo isso para ninguém, é uma dor que dilacera, é uma dor que parte a sua alma, você não tem mais nada o que fazer pela sua filha, você não tem mais nada”, lamentou a fotógrafa.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1
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