Desembargador anula provas contra a vereadora Tatiana Medeiros e audiência é suspensa
Ela é acusada pelos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.O desembargador Pedro Macêdo, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), decidiu anular provas contra a vereadora Tatiana Medeiros, presa desde abril de 2025, acusada pelos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica. Com a decisão, a audiência de instrução e julgamento da parlamentar, marcada para os dias 13 a 17 de outubro, foi suspensa pela juíza da 01ª Zona Eleitoral, Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho.
A vereadora foi presa pela Polícia Federal (PF) após investigação que apontou suposto envolvimento com a facção criminosa “Bonde dos 40” e financiamento irregular de campanha eleitoral.
A anulação das provas contra a parlamentar atende a pedido feito pela defesa, que alegou a ilicitude do Relatório de Inteligência Financeira (RIF) usado nas investigações e compartilhadas entre a PF e o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC).
Essa era a principal prova que substanciou o inquérito policial das operações que culminaram com a prisão da vereadora e do namorado dela, Alandilson Cardoso Passos, apontado como membro da facção Bonde dos 40. O Ministério Público Eleitoral (MPE) tem o prazo de 10 dias para se manifestar acerca da existência ou não de substrato probatório autônomo para a acusatória.
Decisão do TJ anulou
O mesmo relatório financeiro objeto da ação eleitoral contra a vereadora foi anulado no âmbito do processo que investiga o envolvimento de Alandilson Passos com lavagem de dinheiro para organização criminosa. O Ministério Público ingressou com embargos da declaração junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí.
Ligação com organização criminosa
Segundo os elementos investigativos, Alandilson Cardoso Passos, namorado da vereadora e apontado como integrante do Bonde dos 40, e teria financiado a campanha eleitoral com recursos oriundos de lavagem de dinheiro.
Além dele e da parlamentar, são réus no processo: Bianca dos Santos Teixeira Medeiros (irmã); Bruna Raquel Lima Sousa (funcionária da ONG Instituto Vamos Juntos); Emanuelly Pinho de Melo (assessora parlamentar); Lucas de Carvalho Dias Sena (cunhado); Maria Odélia de Aguiar Medeiros (mãe); Sávio de Carvalho França (funcionário da ONG Instituto Vamos Juntos) e Stênio Ferreira Santos (padrasto).
Prisão domiciliar Tatiana Medeiros teve a prisão domiciliar concedida em junho de 2025 devido ao estado de saúde da vereadora. O entendimento da juíza da 01ª Zona Eleitoral foi de que a preventiva poderia ser substituída por medidas cautelares menos gravosas, como a prisão domiciliar associada a outras restrições.
Desde então, a parlamentar está sob monitoramento eletrônico, proibida de acessar a internet e foi afastada do cargo de vereadora do município de Teresina.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1
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