Brasil passa a presidência do Brics para a Índia
No último dia da 4ª Reunião de Sherpas, a nova presidência do agrupamento apresentou as prioridades para 2026. A sessão final também contou com a passagem do martelo do Brics.A 4ª Reunião de Sherpas do Brics finalizou, nessa sexta-feira, 12/12, com a transmissão formal da presidência do agrupamento do Brasil para a Índia, com a entrega do martelo. A nova liderança também apresentou as prioridades a serem debatidas em 2026.
O sherpa do Brasil, embaixador Mauricio Lyrio, transferiu formalmente a presidência do Brics ao sherpa da Índia, embaixador Sudhakar Dalela. “As discussões dos últimos dois dias reafirmam nosso compromisso de fortalecer a cooperação no grupo e com os países parceiros”, apontou. Ele agradeceu a todos e afirmou que “aguarda com expectativa a liderança da Índia no próximo ano e a continuidade do progresso alcançado até o momento”.
Durantes os dois dias de encontro, os sherpas fizeram um balanço da presidência brasileira do Brics , que atuou em seis áreas-chave: Cooperação Global em Saúde; Mudança do Clima; Comércio, Investimento e Finanças; Arquitetura Multilateral para a Paz e Segurança; Governança da Inteligência Artificial; e Desenvolvimento Institucional
Presidência indiana
O sherpa da Índia agradeceu as conquistas sob a presidência brasileira. “O Brasil conduziu o Brics com clareza de propósito e um admirável compromisso com a construção de consenso”, parabenizou.
Ao receber a presidência, Sudhakar Dalela disse que o país está comprometido em levar adiante a agenda coletiva endossada e em sustentar o ímpeto que o Brasil gerou nos pilares de cooperação.
“Nossa presidência permanecerá guiada pelos princípios fundamentais de continuidade, consolidação e consenso, enquanto permanece responsiva aos desenvolvimentos globais emergentes e às prioridades em evolução do Sul Global”, disse ainda Sudhakar Dalela.
O sherpa também apresentou as prioridades da presidência do Brics para 2026, que estarão estruturadas em quatro eixos: resiliência, inovação, cooperação e sustentabilidade.
Dentro dos propósitos de cada área estão resoluções já acordadas na presidência brasileira que ganharão continuidade, como o desenvolvimento de sistemas de redução de desastres climáticos , a cooperação para o uso equitativo de Inteligência Artificial , o compartilhamento de saberes científicos e de pesquisa, entre outros.
Além disso, terão seguimento os debates políticos de extrema relevância para o Sul Global, que guiaram a presidência brasileira do Brics: uma governança global mais inclusiva e diversa e a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Martelo da Amazônia
O símbolo da passagem de presidência do Brics é a entrega de um martelo, produzido pela presidência atual do agrupamento para a próxima. Tradicionalmente, o item é feito de forma a simbolizar a cultura do país. Em 2024, o Brasil recebeu da então presidência russa um martelo de aço, produzido na região dos Urais, um importante centro industrial e mineral do país.
Para a passagem à Índia, o Brasil decidiu produzir um martelo com madeira reaproveitada da Floresta Amazônica, das árvores nativas Itaúba, Pau Rainha e Jaqueira. A peça foi feita artesanalmente pela comunidade de Novo Airão, no Amazonas, através do trabalho da Fundação Almerinda Malaquias. O projeto utiliza madeiras abandonadas em áreas rurais, que seriam queimadas, para produzir arte.
De acordo com o sherpa do Brasil, embaixador Mauricio Lyrio, a ideia é repassar para presidência da Índia a preocupação com a sustentabilidade que o Brasil teve – com a histórica aprovação da primeira declaração sobre financiamento climático do agrupamento.
“O martelo representa tanto a sustentabilidade, quanto as profundas raízes de cooperação que unem os países do grupo. Com o gesto, é reafirmada a confiança na próxima presidência da Índia e o compromisso em apoiar seus esforços para promover a agenda do Brics”, explicou o sherpa brasileiro.
Apesar da transmissão oficial da presidência do Brics para a Índia ter ocorrido, nessa sexta-feira, o Brasil segue à frente do agrupamento até 31 de dezembro de 2025. Na próxima semana será realizado um último workshop sobre segurança, com a participação do embaixador Celso Amorim, assessor para assuntos internacionais da Presidência da República.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Gov
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