Associação dos Policiais Penais alerta para cumprimento do calendário de vacinação da H1N1

Várias unidades da Federação ainda não começaram a vacinação no Sistema Prisional e não existe o lançamento sequer do calendário de atendimento

A 2ª Fase da Campanha de Vacinação da Gripe Influenza (H1N1) começou ontem nacionalmente, conforme calendário do Minsitério da Saúde, e, por meio de solicitação do minstro Sérgio Moro os profissionais de segurança pública, os policiais penais, foram inseridos nesta fase, já que estavam na última [mesmo correndo alto risco, inclusive já comprovado por pesquisa com estatística.

Foto: Isaac Amorim/MJSPMinistro Sérgio Moro da Justiça, que tem manifestado contra soltura de assaltantes com base em Recomendação do CNJ
Sérgio Moro da Justiça, que deve continuar cobrqanado prioridade na vacinas ao Sistema Prisional brasileiro

 A vacinação contra a Influenza (H1N1) tem função primordial na estratégia de combate aos efeitos da COVID-19, pois com sintomas semelhantes, e sobretudo com a aproximação do inverno, pode haver uma grande concentração de pessoas acometidas pela Influenza procurando o sistema público de saúde imaginando estar com a COVID-19.

Foto: Jacinto Teles/JTNewsWagner José Monteiro Falcão - presidente da Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN-BRASIL)
Wagner Falcão 

Por outro lado pode haver incontáveis casos de pessoas que, mesmo com a COVID-19, não procurarão tratamento médico por achar que tais sintomas trata-se apenas da Influenza, pontuou o presidente da Associação dos Policiais Penais do Brasil (Ageppen-Brasil), Wagner José Monteiro Falcão.

Preocupada com a disseminação da Covid-19 nos estabelecimentos penais, ambientes extremamente fragilizados ao novo coronavírus pela grande concentração de pessoas confinadas, onde os serviços penais não podem parar, a Ageppen-Brasil orienta a todas as entidades de representação de Policiais Penais no País, que exijam junto aos seus respectivos órgãos de administração penitenciária, o cumprimento do calendário de vacinação do Ministério da Saúde para os servidores do sistema penitenciário com determinação para ter iniciado ontem (16) em todas as unidades da Federação.

Foto: Jacinto Teles/JT NewsCPA15
CPA de Altos no Piauí, um dos maiores presídios do Estado onde a vacina ainda não chegou

Essa orientação é pelo reconhecimento da grande possibilidade de contágio entre os trabalhadores policiais penais durante sua jornada de trabalho de contato direto com pessoas encarceradas, cuja contaminação cruzada poderá ocorrer facilmente entre esses dois segmentos populacionais.

É fundamental atentar para o fato bastante atual que durante a Pandemia do novo Coronavírus é alarmante os dados de Pesquisa científica realizada pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), que, por meio de mapeamento especial mostrou os índices de risco que os trabalhadores brasileiros têm de serem contaminados pela COVID-19 durante suas atividades profissionais, e, entre as profissões de segurança pública foi exposto o fato de alto risco de contágio dos policiais penais, ou seja, o índice altíssimo de 83,7% (oitenta e três, sete por cento). 

Das atividades públicas essenciais os Policiais Penais perdem, apenas, para os profissionais de saúde. Confira AQUI dados da pesquisa divulgada pela CNN-BR.

"Será uma irresponsabilidade sem limites se qualquer gestor [seja no âmbito nacional, estadual ou municipal, já que o SUS é administrado pelo município a quem compete a distribuição da vacina após recebimento pelo Ministério da Saúde] não observar a importância dessa vacinação para policiais penais e presos na data prevista pelo Ministério da Saúde. 

Pois com a chegada dos dias mais frios a tendência é que essas populações comecem a apresentar sintomas dessa doença que será, inevitavelmente confundidos com os sintomas da COVID-19, o que gerará grande número de afastamento do trabalho além de um pânico generalizado entre a massa carcerária", observa Wagner Falcão.

“O trabalho do policial penal dentro do sistema penitenciário é imprescindível e não pode parar, nem mesmo em tempo de epidemia como essa que o mundo está atravessando. Por isso toda atenção deve ser dada para que esse serviço não entre em colapso pela possível negligência de gestores indiferentes à dinâmica do ambiente prisional em meio a essa crise de saúde pública internacional”, cconclui Wagner Falcão, presidente da Ageppen-Brasil.

Fonte: JTNEWS

Comentários