Jamil Leite

Especialista em fisiologia e prescrição do exercício clínico, Bacharel e Licenciado em Educação Física, Personal trainer e Professor de ginástica laboral
Especialista em fisiologia e prescrição do exercício clínico, Bacharel e Licenciado em Educação Física, Personal trainer e Professor de ginástica laboral

Precisamos falar sobre acessibilidade.

O respeito às pessoas com deficiência nas academias, inicia com a acessibilidade estruturada e sem barreiras.

 Tinha terminado mais um treino pesado de musculação. Estava fazendo uma deliciosa refeição pós-treino(sim,ovos cozidos...rs) e distraí-me observando um deficiente físico sair da academia. Quase que diariamente vejo-o na academia:um homem de aproximadamente 40 anos, que caminha com auxílio de muletas em virtude de ter apenas uma perna. Apesar desta deficiência, percebo que ele sempre treina com muita dedicação e esforço. E observando-o ao sair da academia, perguntei-me: há acessibilidade para os deficientes nas academias?Este pensamento originou este texto.

Segundo a lei nº 10.098/2000 que estabelece as normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida( aqui tratando não só do deficiente motor, mas também de outras deficiências como auditiva e visual), os proprietários de estabelecimentos devem obedecer e promover parâmetros técnicos desde o projeto - construção, instalação e adaptação dos espaços às condições de acessibilidade.

Porém, o que se vê em algumas academias,infelizmente, é um certo esquecimento do que essa lei estabelece.Ao observar mais atentamente o espaço físico da academia onde treino, e o público com deficiência motora que freqüenta a mesma, pude constatar diariamente que alguns deficientes  tem uma certa dificuldade em se deslocar dentro da academia,por conta de barreiras diversas tais como uma escada invés de um elevador, tornando o acesso limitado.Outro tipo de limitação para os deficientes, encontra-se nos vestiários:o ideal seria existir um vestiário masculino e feminino com chuveiros, vasos sanitários e pias adaptadas.Para um deficiente, é mais confortável estar em um banheiro exclusivo, por conta da movimentação limitada.

Conclui-se, portanto, que pelas análises feitas em algumas academias, percebeu-se que há muito o que se  fazer quando se trata de acessibilidade - desde de pequenas a grandes academias. Os donos deste tipo de estabelecimento, devem ficar atentos para tornar o espaço físico cada vez mais adaptado em atender o deficiente, tornando-o seguro para o deslocamento e,principalmente, para propiciar  bem-estar ao mesmo.

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