Esperança no ar... A vacinação começou... A ciência venceu!
São Paulo, que se planejou, saiu na frente na luta contra o Covid-19Um domingo em que a esperança sorriu para os brasileiros, pela primeira vez em quase um ano de pandemia. Sorriu de máscara, enquanto recebia a primeira dose de CoronaVac aplicada em território brasileiro (centenas de outros brasileiros já foram vacinados no exterior - na Europa, Estados Unidos e Israel).
A primeira vacinada no Brasil, uma enfermeira do serviço público, corintiana de 54 anos, foi seguida por outras 111 pessoas, todas na capital de São Paulo, onde fica o Instituto Butantan, que recebeu e guardou as 8 milhões de doses da CoronaVac chinesa enquanto esperava a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do governo federal encarregado de aprovar medicamentos no país. Assim que a Anvisa liberou, o governador de São Paulo, João Dória, presidiu a cerimônia de início da vacinação. Era tudo o que ele precisava na sua carreira política.
Eleito com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, Doria se distanciou do governo federal, tornando-se o maior rival político. Rival na disputa pela presidência em 2022, ele é, agora, com o início da vacinação, um candidato fortalecido, energizado, pelo sucesso da política paulista totalmente pró-ciência.
São Paulo, apesar de ter pago pelas 6 milhões de doses, deve entregar a maior parte para o Ministério da Saúde, já que vacinação contra epidemia é política nacional de saúde pública. Ficará com 1 milhão e meio de doses, muito pouco para os 40 milhões de paulistas. Por isso, é preciso correr para produzir no Butantan e receber mais vacinas prontas, da China e da India, países asiáticos que hoje produzem cerca de 90% dos insumos médicos do planeta.
A pandemia já causou dois milhões de mortos no mundo, 10% deles no Brasil. Ela nos trouxe momentos de terror, na primeira onda, com hospitais lotados e valas coletivas nos cemitérios de grandes cidades brasileiras. Horror que se repete agora em Manaus, onde a irresponsabilidade de autoridades e do povo levou novamente ao colapso hospitalar. Há duas semanas, manauras protestaram nas ruas pelo fim das medidas de isolamento social e de fechamento do comércio. E agora, enfrentam o maior pico do ano de internações e mortes. Situação tão grave que pacientes foram transferidos para hospitais de outros estados, como o Hospital Universitário da UFPI, que recebeu nove pessoas para tratamento.
O HU e a UFPI, centros de pesquisa e de produção de conhecimento, não deram ouvidos aos propagadores do pânico e se guiaram pela voz da ciência. A solidariedade piauiense falou mais alto do que o medo. O Reitor Gildásio Guedes e o Superintendente do HU, Paulo Márcio, dão o bom exemplo de como a universidade pública é importante para o Brasil. Ciência e solidariedade são os melhores remédios para se enfrentar os dois males que nos assolam nesse momento, o Covid-19 e a ignorância dos que menosprezam a vacina.
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