Ronicelani Martins

Psicóloga, palestrante, especialista em gestão da saúde, professora e coordenadora pedagógica do site Proluno. Minha missão é auxiliar você a ter autoconhecimento e mais saúde mental!
Psicóloga, palestrante, especialista em gestão da saúde, professora e coordenadora pedagógica do site Proluno. Minha missão é auxiliar você a ter autoconhecimento e mais saúde mental!

As redes sociais e o aumento da ansiedade!

AS REDES SOCIAS E A ANSIEDADE!

As redes sociais surgiram como uma ferramenta capaz de reconectar amigos, familiares e colegas e evitar que os vínculos desapareçam.

Para o antropólogo Robin Dubar, da Universidade de Oxford, a maioria das pessoas com as quais nos relacionamos pela internet, são conhecidos da vida offline. E as redes sociais permitem reconstruir, ainda que virtualmente, o tipo de comunidade antiga onde todos conheciam uns aos outros. Mas sabemos que essa reprodução não é perfeita, não há a mesma sincronização da vida real.

Além disso, as redes sociais alimentam mais uma fonte de ansiedade na vida contemporânea que é o excesso.

Celulares permitem o acesso initerrupto ao que as outras pessoas fazem em suas vidas. As incontáveis atualizações do Facebook, Instagram, tweets, mensagens de WhatsApp e Snapchat mostram todos os acontecimentos mais bacanas que os amigos resolveram compartilhar.

Foto: Google imagensRedes sociais e ansiedade
Redes sociais e a ansiedade!

Até certo ponto isso é bom, ficamos sabendo que as pessoas que gostamos estão bem.

Por outro lado, isso traz um desconforto: cadê você na foto? Será que você está aproveitando a sua vida tão bem quanto os seus amigos? A ansiedade aumenta!

Com as redes sociais o medo de ficar de fora ficou tão comum que recebeu o nome de FoMO, fear of missing out = Medo de perder.

O FoMO está diretamente ligado ao arrependimento, toda pessoa avalia com frequência a própria felicidade e para isso, não se leva em conta a sua situação atual, mas as várias alternativas existentes e as mídias sociais estão repletas de mundos paralelos em que poderíamos viver.

Quando comparamos, acreditamos que estamos piores que os outros, sentimos remorso, como se a felicidade alheia fosse nossa miséria.

E o fato das atualizações serem em tempo real faz com que esses sentimentos sejam ainda mais intensos.

O FoMO surge como uma estratégia de antecipação de uma ameaça futura (característica marcante da Ansiedade), que é  o medo de ficar de fora.

Há uma necessidade de ficar checando o celular, para evitar arrependimentos depois, de que você perdeu algo. Isso já aconteceu com você?

As mídias sociais geram ansiedade não só porque mostram constantemente tudo o que você está perdendo mas também porque alteram a imagem que as pessoas tem de si mesmas.

Foto: Google imagensRedes sociais e ansiedade2
Redes sociais e a ansiedade!

As redes são como megafones para as realizações e como lupas para as inseguranças.

De um lado, os usuários empenham-se em formar uma imagem desejável de si, com imagens selecionadas de seus melhores momentos, grandes conquistas.

Mas quem lê esses posts, do outro lado, são pessoas reais, repletas de inseguranças.

Há um contraste entre o que as pessoas buscam parecer e aquilo que as pessoas acreditam ser, acaba acontecendo a interpretação de que o seu próprio valor é menor ou é distorcido.

Criam-se expectativas irreais que são estabelecidas pelas redes sociais e geram sentimentos de insegurança, baixa autoestima e busca por perfeccionismo, que podem se manisfestar em transtornos de ansiedade.

Pessoas que utilizam muito as redes sociais tem a tendência a dormir menos e pior, a ter autoestima mais baixa e níveis mais altos de ansiedade e depressão.

Então entenda que é importante que você conecte-se com você mesmo(a), e que as redes sociais não nos definem.

Nossa vida, o nosso legado é o que fazemos fora das redes, as vidas que auxiliamos.

Sua vida deve ir além do que acontece na internet!

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